segunda-feira, 26 de setembro de 2011
A frustrante fé contratual
Nosso relacionamento com Deus jamais deve ser condicionado a uma fé contratual, mas a uma completa dependência de sua graça. Como seres humanos entendemos muito mais facilmente a lei, fomos condicionados a isso. Trabalhamos, então recebemos; plantamos, logo colhemos. As leis da física também nos ajudam ,pois sabemos que para cada ação existe uma reação. Portanto, é lógico pensar que a lei é muito mais fácil de ser absorvida pela humanidade do que a graça. Porque então não fazemos assim...Deus diz as regras, a gente cumpre e ele nos dá as bênçãos. Não é mais fácil e justo?
Se for justo temos um grande problema porque:
"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer." (Romanos 3 : 10)
Isso acaba de tornar as coisas difíceis.
Para demonstrar com mais clareza vou lembra-los que isso já aconteceu um dia. No livro de Deuteronômio capítulo 11 ao 22 observamos que Deus deu garantias de sucessos de saúde física, financeira, vitórias militares e tudo de bom que podemos imaginar
Porque se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao SENHOR vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes, Também o SENHOR, de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo. Ninguém resistirá diante de vós; o SENHOR vosso Deus porá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso terror e o temor de vós, como já vos tem dito. Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.
Então...fácil né? É só seguir as instruções e receber o prêmio. Vamos ver qual a opinião do Senhor sobre o comportamento do povo depois desse “contrato”:
E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo? e até quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio dele? (Numeros 4:11)
Oooopppsss...
Mesmo com todas as garantias o povo “pisava na bola” e ainda perdia a fé, desviando-se para outros deuses. Triste mas, é o que acontece quando tentamos viver pela nossa força e visando bênçãos em vez do abençoador. Ter um relacionamento profundo e pessoal com Deus é a diferença que existe entre a vitória e a derrota. O Permanecer firme, depende não daquilo que Ele tem, mas de quem Ele é. O Perseverar em meio as tribulações é o fruto de uma vida ao lado de Deus e não de uma lista de regras.
Abraão, Jose, Davi, Elias, Jeremias, Daniel, foram homens que passaram por dificuldades terríveis. Para cada um deles a tribulação as vezes parecia tão forte que era mais fácil pensar ser Deus um inimigo. Mas cada um deles conseguiu apegar-se a uma confiança Nele apesar das dificuldades. Com isso, sua fé deixou de ser “Fé contratual” (sigo a Deus se ele me tratar bem), para ser um relacionamento que podia transcender qualquer dificuldade, pois era independente das circunstâncias da vida. Foram homens que experimentaram a graça no tempo da lei e por isso venceram.
Naldinho.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Eu, Barnabé
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação,que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. (2 Coríntios cap 1:3-4)”
E o mesmo Paulo diz em Romanos 12: 7-8a
“Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça”
Paulo sabia mais do que ninguém o que é ter alguém ao lado que o encoraje, pois ele teve ao seu lado o homem mais lembrado por toda a bíblia de ser um encorajador: Barnabé!
Seu nome queria dizer “Filho da exortação”, “Exortador”, “Encorajador”. Esse dom corria em suas veias como se elas fossem rios de fogo do Espirito Santo! Foi Barnabé que corajosamente introduziu Paulo logo após sua conversão no meio dos Apóstolos, sim porque se coloque no lugar deles, quem iria confiar assim num cara que há pouco tempo salivava pelo sangue dos cristãos e que podia estar planejando algo para capturar a todos? Quem iria apostar nessa conversão? Quem iria fazer um investimento de auto risco em alguém como Paulo? Barnabé fez.
Mais tarde quando a igreja em Antioquia estava crescendo de forma incrível, Barnabé, que era um mestre da palavra foi chamado para supervisionar o ensino do crentes daquela cidade. Chegando lá e vendo a grandeza de tal projeto não teve dúvidas chamou para auxilia-lo alguém que estava um tanto longe de tudo: mais uma vez Paulo.
Paulo e Barnabé se tornaram parceiros e irmãos (quase)inseparáveis até que algo aconteceu entre os dois. Barnabé introduziu o jovem Marcos em uma viagem missionária quando em meio a esta Marcos desistiu, abandonando os Irmãos. Porém em uma outra viagem, Barnabé sempre encorajador insistiu com Paulo para que Marcos tivesse outra chance, no entanto Paulo, zeloso pela obra de Deus não queria arriscar atrasos e possíveis danos a missão. Tal entrevero custou a separação entre os dois apóstolos. Paulo seguiu sua viagem e sua historia é bem conhecida por todos nós. Barnabé levou consigo seu outro investimento de risco: o Jovem Marcos a quem encorajou no discipulado.
Observe que Marcos, mais tarde torna-se cooperador, assistente do apostolo Paulo em sua missão:
“Epafras, meu companheiro de prisão por causa de Cristo Jesus, envia-lhe saudações, assim como também Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.” (Filemon 23 e 24)
Quero também que notem dois nomes nessa lista de cooperadores: Demas e Marcos. Memorizaram?
Agora vejam esses versos escritos alguns anos depois na segunda carta a Timoteo:
“Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério “( 2 Timoteo 4: 9,10 e 11)
Viram o que aconteceu aos dois cooperadores de Paulo?
Demas: Abandonou a Cristo e foi atraído pelo mundo - Marcos: É convocado por ser útil para o ministério.
Os dois eram cooperadores do grande apostolo Paulo. Mas, ao que sabemos apenas um deles recebeu um investimento de um homem que sabia o que era acreditar no milagre da restauração e do discipulado: Barnabé.
Será que estou sendo ousado em dizer que Barnabé fez a diferença na vida de Marcos?
Será que estou equivocado em pensar que se Demas tivesse um Barnabé na vida poderia ter resistido melhor a sedução do mundo?
E quanto a nós? Para mim a aplicação é clara. Um telefonema, um e-mail especial, um abraço no fim do culto. Coisas simples como estas podem fazer toda a diferença na vida de um irmão que está no meio de um processo complicado. Encorajar alguém é simples e vale muuuuuuuiiiiiiitttoooo para a vida que recebe. Todos nós devemos ter um pouco do caráter de Barnabé conosco. Investir em alguém com o que tivermos nas mãos.
Ore ao Senhor e peça para ele lhe mostrar alguém a quem você deve interceder, jejuar, gastar tempo lendo e compartilhando a palavra de Deus, ou mesmo telefonando no meio da semana pra dizer: “Meu irmão,você não está só nessa caminhada. Conte comigo!”.
Naldinho
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