sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
"Adoradores por natureza"
“Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.”(Apocalipse 2:8)
A cidade de Esmirna se intitulava “A Glória da Ásia”. Tinha um sistema educacional ótimo, um comércio exuberante potencializado pelo seu importante porto.
Era também um polo de idolatria ao império Romano. Suas ruas que antes exibiam orgulhosas os templos de Afrodite, Apolo e até Zeus, passaram a ter também depois de uma disputa com mais 11 cidades “o privilégio” de abrigar o templo DEO ROMA, ou em Português :templo da deusa Roma.
Os Romanos e suas províncias adoravam o “espirito de Roma”, a alma admirável do império que segundo eles trazia luz ao mundo. O problema é que se adorando ao “espirito de Roma”, tornou-se o coração propicio a aceitar outros conceitos e rapidamente passou-se a adorar os grandes imperadores Romanos mortos. Como desgraça pouca é bobagem, em um pequeno passo os cidadãos do império estariam adorando os imperadores VIVOS.
Se você fosse morador de Esmirna nesse tempo, uma vez por ano você deveria se deslocar até o templo do imperador e lá queimar um incenso em adoração ao imperador. Uma vez feito isso você receberia um certificado em resposta ao cumprimento de seus deveres civis e religiosos.
Imagine então o que era ser Cristão em Esmirna...
Voltando ao cidadão comum, penso em como o coração humano é tão desesperadamente inclinado a adorar. Nós fomos concebidos dessa forma. Adão era assim e assim nós somos. Adão foi criado e no centro do coração dele estava entronizado Deus. Ao seu redor Deus colocou toda uma estrutura para uma vida plena e perfeita.
Mas, um dia Adão achou que poderia lidar com uma mudança nesse conceito e querendo ser como Deus, caiu, permitindo que as coisas saíssem do limite reservado e penetrassem em seu coração. Feito isso, o trono de Deus no coração do homem passou a ser habitado por elas e não mais por Deus, que não pode ser segundo lugar na vida de ninguém.
A herança de Adão é clara: O homem até os nossos dias adora, mas adora errado. Adora o trabalho, adora as drogas, adora o sexo, adora o futebol, adora carros, adora compras, adora o poder, adora os falsos deuses que só o iludem. Por que? Porque nasceu para adorar, mas não sabe quem deve adorar. Adorando as coisas em vez de Deus, acaba se frustrando, pois NADA PODE PREENCHER O LUGAR DE DEUS. É uma ilusão, que só gera transtorno e tristeza, como um cão a correr atrás da própria calda.
Jesus veio para morrer na cruz, vencer a morte e pagar a dívida que havia contra o Homem. Ao reconhecermos que somos pecadores e aceitarmos o sacrifício de Jesus, recebemos imediatamente a maior graça da salvação: a presença de Deus no trono de nossos corações, o “religar” maravilhoso no relacionamento entre o criador e sua criatura, a satisfação plena do reconhecimento de nosso espirito ligado ao Espirito de Deus.
Bem aventurados somos em toda e qualquer situação. Não mais dependentes das ilusões que as circunstâncias causam, mas firmemente ancorados na fé em cristo, somos o povo que tem a esperança do amanhã.
No final do primeiro século, o imperador Domiciniano se intitulou “Senhor”. Mas, Jesus nessa carta a Esmirna nos lembra que Senhor é aquele reina eternamente ele é “ primeiro e o ultimo, que morreu e tornou a viver”.
Os cidadãos Romanos de Esmirna eram obrigados a adorar a um falso “senhor”, assim como hoje as pessoas adoram como escravos falsos senhores, falsos deuses. Mas, nós adoramos aquele que venceu a morte e nos lembra que a venceremos também.
Adoramos um Deus que foi, que é, e que sempre será!
Naldinho
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