quinta-feira, 22 de março de 2012
Com a força que Deus provê
Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém.
1 Pedro 4:10-11
Esses dois versos da primeira carta de Pedro são coluna dorsal do meu ministério, do meu dom. Eles são praticamente a minha cartilha. Como líder de louvor durante alguns anos tenho aprendido muito deles, e eles tem me abastecido de coragem e me mantido no foco.
Primeiramente ele me lembra de que todos os dons são importantes para o crescimento saudável da igreja e o desenvolvimento de minha vida pessoal fora dela. Aqueles que cuidam da cantina da igreja são tão importantes quanto aqueles que ensinam as crianças ou aqueles que tocam um violão. Não há diferenças entre o trabalho árduo praticado no varrer um santuário e horas de dedicação calejando os dedos em um violão. Tudo que importa é que “cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”
Administrar fielmente é simplesmente exercer, deixar-se ser usado, servir e zelosamente se aprimorar nesse serviço. É não se omitir, fugir, encolher as mãos, negligenciar o dom sendo desleixado com seu desenvolvimento. Devemos ter em mente que nosso dom é um presente para os outros. Assim como recebemos o presente dos demais ao sermos servidos por eles, devemos fazer o mesmo exercendo o nosso dom.
Na minha área é muito comum ver pessoas desencorajadas por acharem que começaram tarde a aprender a tocar, ou então ao se compararem com outros instrumentistas e cantores se sentirem inferiorizados. Isso é uma bobagem! Nunca é tarde pra começar algo que Deus colocou em nosso coração e jamais devemos nos comparar com ninguém. “Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê”. Deus nos tem dado um suporte, uma determinada habilidade e na medida em que somos usados e nos esmeramos em aperfeiçoar aquilo que ele nos tem dado, mais ainda Ele nos acrescentará. Portanto, se você faz algo hoje que pode parecer pouco ou pequeno, mas você faz com todo seu empenho e dedicação, desenvolvendo e usufruindo toda força que Deus deu para você, você está no caminho certo!
Não se compare a ninguém, porque Deus não te compara a ninguém. Ele te ama da mesma maneira como ama seus outros filhos. Ninguém é filhinho do papai. todos somos especiais. Ele te fez com características únicas e belas aos olhos dele. Não tente pular estágios, queimar etapas, porque Deus não está com pressa, nem atrasado, Ele está cuidando de você como deve ser. Apenas caminhe com Ele, nos passos dele, e você chegará exatamente onde Ele quer que você esteja.
Não se desgaste, utilize apenas a força que o Senhor te provê. Se alegre nela e o exalte por isso!
Se no meio do caminho algo desencorajador acontecer lembre-se: Ainda que você venha a falhar, cair, tropeçar, Deus sempre vai usar os acontecimentos de sua vida para aperfeiçoar em você o carater Dele. Ele sempre te moverá adiante.
Os planos de Deus não podem ser frustrados.
Naldinho
quarta-feira, 21 de março de 2012
Libertando Pedro
Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele.
Atos 12:5
Uma das maiores lutas que enfrento é a deficiência em minha vida de oração. Preciso crescer nisso e isso não são palavras de conveniência, mas um anseio real. Tenho melhorado nos últimos tempos e o que mais me alarma é que quanto mais oro, mais dentro de mim se revela a urgência de orar mais. Sim, a primeira resposta de oração é mais oração. As vezes me deparo com tantas responsabilidades, desafios, metas e decisões que ao orar me é esclarecido o fato de que é uma insanidade acordar, levantar e sair para enfrentar o dia sem antes buscar a Deus. É um erro que cometemos sim, mas deixamos de cometer na medida em que a oração passa a fazer parte de nossa rotina. É o milagre da misericórdia de Deus não termos sido consumidos por tanto tempo vivendo alienados pela ausência de nossa conexão com Deus através da oração.
Herodes estava no que parecia ser o “caminho certo”. Havia prendido muitos cristãos e matado Tiago, atitudes que agradaram os judeus. Como “bom” politico, Herodes decidiu continuar sua caçada e prendeu Pedro numa festa. Temendo reações inesperadas da multidão devido a páscoa, ele decide esperar essa festa passar para executar Pedro em um momento politicamente correto.
Fico imaginando se isso acontecesse hoje em dia, se um líder amado da igreja fosse preso injustamente e a igreja toda tivesse a mesma conexão uns com os outros que a igreja do livro de atos tinha. Talvez isso fosse possível devido ao avanço tecnológico de nossos dias: internet, celulares e redes sociais. Qual seria a minha reação? Eu seria daqueles que dobraram os joelhos e oraram intensamente pela libertação do irmão, ou em primeiro lugar eu iria convocar a igreja a ir as ruas, reivindicar seus direitos e mesmo a força livrar o injustiçado irmão das grades? Reivindicar direitos não é errado, é certo. Paulo fez isso ao ser preso. O que digo é sobre o tipo de “arma” que tiramos antes de tudo de nosso arsenal. Levando a uma situação mais corriqueira, o que fazemos quando nos encontramos com um começo de dor de cabeça, ou gripe? Corremos rapidamente a farmácia ou oramos? Será que não estamos racionalizando demais nossa fé? Será que não estamos fazendo uma triagem voluntária daquilo que “deve ser” o serviço de Deus, e aquilo que “deve ser” o nosso serviço, limitando Deus como um funcionário a serviço de nossa pequena fé? E a nossa fé, como estamos exercitando-a? Se não temos fé para orar por uma cura de febre, achando que isso não é serviço para Deus (a sogra de Pedro que o diga), como teremos para assuntos maiores?
A igreja de Atos estava com um grande desafio nas mãos: permanecer de joelhos enquanto o inimigo vinha em sua direção respirando ódio. Já havia matado Tiago, Pedro seria julgado e se condenado e morto o próximo poderia ser qualquer um. Tenho certeza de que no meio do corpo dessa igreja havia os “apavorados” (eu estaria), homens e mulheres assustados com o terror que Herodes lhes havia imposto. Tenho certeza que muitos deles quiseram ser mais “práticos”, travar uma luta, entrar na cadeia a força, libertar Pedro a qualquer custo, eu talvez pensasse nisso se vivesse naquele tempo devo confessar. Mas, felizmente muitos foram os que simplesmente se voltaram para Deus, dobraram seus joelhos e buscaram o livramento das mãos do Senhor. Talvez os que tomaram esta iniciativa se lembraram de que há algum tempo atrás Deus livrou os apóstolos de uma prisão semelhante, quando os saduceus por inveja do crescimento da igreja os encerrou em grades (atos 5-17) mas, o Senhor se levantou e através de um anjo os libertou de forma espetacular. Como antes, a igreja de atos presenciou um livramento maravilhoso do Senhor na vida de Pedro.
O valor da oração é algo magnificamente nobre e não se resume ao “sacrificar” dos joelhos, vai muito além disso. Se isso pode lhe encorajar vou lhe dizer, eles não eram perfeitos na fé, muito pelo contrário quando souberam que Pedro estava na porta eles não acreditaram, não é engraçado? Estavam ali orando intensamente pela libertação de Pedro, e quando o milagre aconteceu não queriam acreditar. Isso mostra que a fé deles não era algo tão incrivelmente inabalável que possa fazer com que eu e você nos sintamos tão distantes desses irmãos. Eles tinham dúvidas, medos, inseguranças como nós. Mas o que eles nos ensinam é sobre ATITUDE de oração. Mesmo com toda insegurança, eles se dobraram diante de Deus e não confiaram em sua própria força, mas no poder de Jesus. Isso fez toda a diferença. Jesus não procurou neles perfeição, mas dependência e adoração.
Vamos nos espelhar nesses irmãos e crescer em oração, lançando aos pés do Senhor TODA a nossa vida, que ele venha de encontro as nossas fraquezas, limitações, desconfianças, medos, dúvidas e faça de tudo isso matéria prima para ser glorificado através de nossas vidas. Que nossa oração venha a abrir as portas das cadeias do nosso próprio interior onde um Pedro que dorme acorrentado precisa ser libertado para voltar a viver intensamente os milagres de Deus.
Naldinho
terça-feira, 13 de março de 2012
"Perdeu playboy?"
Estava outro dia lendo um informativo de um amigo missionário, e no canto da página dizia algo como “vamos ir até os pobres” ou “me ajude a pregar para os pobres”, alguma coisa nesse sentido. Do meu ponto de vista uma atitude digna, muito bacana e cristã acima de tudo. Porém, tenho observado que na hora de se falar em ir para algum lugar se referindo ao nível da sociedade, seja “lançar sementes”, “Pregar o evangelho”, “ganhar almas”, etc. a coisa tem sempre como alvo, ou como propaganda O POBRE. Claro que o pobre merece toda a atenção possível como já disse acima, mas será que não tem muito embalo nisso tudo? E o sujeito da classe intermediária o chamado classe média?, e o da classe média alta? E o rico? Merece o inferno? Já tá condenado as chamas pelo pecado da abundância financeira? Qual o problema com a igreja ao se anunciar ou pelo menos se promover tanto para o pobre e nunca para o rico?
Creio plenamente que algumas pessoas foram realmente lideradas por Deus para irem aos países mais pobres e necessitados do mundo. Creio totalmente que muitos irmãos tem seu coração voltado para as camadas sociais mais esquecidas da nossa própria nação, mas me diga uma coisa por favor: TODO MUNDO VAI PRA FAVELA E NINGUÉM VAI PRA COBERTURA? Não acredito que Deus seja assim...claro que ele não é. Tudo bem que é mais fácil ao pobre ser sensível ao evangelho por não ter a blindagem emocional que o dinheiro proporciona, dando à criatura a sensação de ser autônoma em tudo, até sobre a vida e a morte. Tá, eu sei que os dois exibem níveis diferentes de recepção as boas novas, mas tomar a atitude de NÃO IDE para com os ricos é ser no mínimo preguiçoso.
Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que TODOS OS HOMENS SEJAM SALVOS e cheguem ao conhecimento da verdade. 1 Timóteo 2:3-4
Isso não se restringe apenas as esferas das lideranças eclesiásticas, mas está presente nas rodinhas dos irmãos na cantina, nas petições na reunião de oração, e nos bate-papos mais informais...”precisamos ir até a favela tal”, “Senhor envia-me à África”, “Pai, quem ajudará esse povo tão sofrido?”. Precisamos nos sensibilizar com aqueles que estão muito mais longe da igreja, porque as vezes ir a África é mais fácil do que ir ao Morumbi, ao Gonzaga, etc. Todo mundo se comove com as fotos do Etíope com as costelas aparecendo, mas e se fosse um gordinho loiro com a camisa do “Jean Piaget” descendo de um “Santa Fé” branco????? PERDEU PLAYBOY????? Será que é isso que Jesus diria?
É uma estupidez descartar qualquer nível social do alcance da igreja. Desde os tempos da igreja primitiva, os mais abastados ajudavam aqueles irmãos em dificuldades, as igrejas mais ricas ajudavam suas irmãs, enviavam os missionários, participavam ativamente de todo planejamento da igreja. Por que? Porque tanto o rico como o pobre sempre estiveram inclusos no alcance da igreja. Precisamos parar com o silêncio sobre o alcançar os mais abastados como isso fosse algo vergonhoso; será que essa distância é medo de questionamento? É preguiça intelectual? É indiferença ou o que? Até quando vamos assistir os ricos partindo sem Jesus, enquanto os lobos ficam ricos arrancando tudo de ovelhas pobres com a desculpa de alcançarem o necessitado?
Coragem igreja Brasileira!
Medindo o crescimento espiritual
De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.
Hebreus 5:12-14
Os humanos são criaturas estranhas. Corremos mais depressa quando perdemos o caminho. Em vez de fazermos uma pausa para nos orientar, batemos de um lugar para o outro. Três palavras descrevem os nossos dias: Pressa, preocupação e isolamento.
Nessa competição chamada vida, quando a premência do tempo nos pressiona, precisamos parar e nos orientar. Necessitamos descobrir que o Senhor é Deus. Que ele seja exaltado, pois está conosco, e é nossa fortaleza.
Lembra-se dos anos em que sua mãe marcava a Lápis, numa parede especial, o lugar onde sua cabeça alcançava, para saber o quanto você crescia a cada ano? Eu tenho uma marcação dessa que faço com meu filho e em breve devo fazer com outra para minha filha. É muito bacana ver que de repente as crianças tem “surtos” de crescimento.
Uma vez na casa de um amigo, estávamos medindo o crescimento do filho dele, e depois de medir, riscar o muro da casa e bater palmas pra nova altura do garotão, o filho de meu amigo perguntou para ele “Papai, você não vai se medir para ver o quanto cresceu?” Todos riam, e ninguém pensou em outro crescimento senão o físico, mas eu pensei em outra coisa...e se nos importássemos com o nosso crescimento espiritual anual?. Será que continuamos crescendo, como foi no começo de nossa caminhada?
Deus usa muitos meios para nos ajudar a crescer. Desconheço um jeito para o crescimento instantâneo. Nunca conheci alguém que tenha se tornado instantaneamente maduro. Deus nos faz atravessar um processo meticuloso que inclui coisas como esperar, falhar, perder e não ser compreendido – Cada uma delas exigindo doses maiores de perseverança. Em seu crescimento espiritual, onde estão as marcas na parede da vida? Onde você se encontra em relação ao ano passado? E em relação à última década?
O crescimento cristão resulta de uma atitude radical, da dedicação corajosa e perseverante àquilo que você ouve e obedece.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Digno é o cordeiro!
Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai".
João 10:17-18
Como um crente do antigo testamento, se você quisesse ser tocado por Deus, você deveria trazer um cordeiro para o templo. Lá, os sacerdotes iriam inspecionar o seu cordeiro meticulosamente, tentando encontrar qualquer mancha ou defeito. Não era o adorador julgado e sim o cordeiro.
Nisso reside uma verdade fabulosa: Eu posso ser guiado pelo Pai nessa manhã, eu posso ser guiado por Ele amanhã. Eu posso esperar receber uma vida abundante. Eu posso olhar adiante e esperar sua benção sobre mim e minha família. Eu posso confiar Nele, esperar que Ele venha ungir minha cabeça com óleo, acreditar que Ele vai manter os predadores afastados de mim, que Ele vai me levar pelo vale da sombra da morte e preparar um banquete a sua mesa. Eu posso ter comunhão direta com Ele, não porque sou imaculado, mas porque Ele foi inspecionado e Nele não se achou falta alguma. Ele é perfeito! Digno é o cordeiro!
Eu posso receber uma benção hoje não porque eu fui a igreja, não porque eu li 50 páginas da bíblia, não porque eu deixei de ver televisão. Eu recebo a benção de Deus sobre a minha vida exclusivamente por causa do cordeiro.
Jesus disse: “Eu dou a minha vida” Ele não disse: “É melhor você dar a sua vida se quiser ser abençoado”. Embora, seja verdade que Ele nos chamou para tomar a nossa cruz e segui-lo, a minha entrada na presença do Pai não depende de quem eu sou, do que eu faço, ou do que eu não faço. Ela depende apenas de quem Ele é, e o que Ele fez na cruz.
O Pastor se tornou um cordeiro para que nós, simples ovelhas possamos conhecer o Pastor. Digno é o cordeiro!
quinta-feira, 1 de março de 2012
Cuidado com a Língua
Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.
Tiago 3:2
Constantemente eu conheço pessoas que buscam e pedem a Deus pelo dom de línguas. Elas almejam esse dom de edificação própria. Não tenho nada contra o dom de línguas, muito pelo contrário, também sou um entusiasta dele principalmente quando ele é usado corretamente e não é colocado como obrigatório para todas as pessoas batizadas com o espirito santo (isso sim é um absurdo). Enfim, quando se tem noção de que dom é uma ferramenta e não um brinquedo as coisas fluem.
Mas, falando sobre dom de línguas, obrigatoriedade, etc. me vem à cabeça que o que deveria ser obrigatório é o nosso cuidado com a língua, sim a língua, a natural mesmo, utilizada de maneira comum e em português todos os dias. Essa sim deveria ter um peso considerável e obrigatório em nossas petições. Deveria ser nosso dever buscar, e pedir a Deus que seu Espírito nos de um controle santo desse órgão.
Abrir a boca em qualquer momento do dia e para qualquer pessoa deveria ser uma atividade de atenção radioativa, contagiosa, perigosa. Deveríamos ter uma responsabilidade gigantesca ao abrirmos nossa boca para falar. Por que não paramos com o hábito desleixado de “jogar”, “lançar” as palavras na face dos outros para termos uma ação de forma solene, respeitosa e abençoadora? Edificar, encorajar, abençoar, criticar com bom senso e amor, etc. Se não for assim então que o Espírito de Deus nos dê a capacidade divina de nos calar.
Que Deus ouça hoje uma petição consciente de nossos lábios, para que possamos usar nossa língua de forma poderosa para abençoar a vida das pessoas e ajudar a curar esse mundo tão ferido.
Naldinho
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