segunda-feira, 26 de julho de 2010
O dia em que Sérgio Reis calou Cirilo
“ Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos." (Zacarias 4 : 6)
A Bíblia diz: “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em comunhão”. (salmo 133:1) É Verdade. É especial demais os momentos que irmãos em cristo passam juntos no culto, nas visitas, nas festas, nas reuniões especiais e mesmo na vida secular.
Em todas as oportunidades é ótimo e fácil estarmos em comunhão porque falamos do mesmo Deus, gostamos de coisas semelhantes e crescemos juntos nos edificando.
Só devo deixar frisado que a bíblia também diz que devemos agir com bom senso(Colossenses 4:6). Não podemos ser motivo de embaraço, nem pedra de tropeço para ninguém. Quando estamos entre “não convertidos” devemos saber nos portar com moderação e sempre dando a atenção necessária a detalhes de comportamento.
Em outro artigo escrevi sobre “o crentês”, dialeto comum entre os convertidos, mas não comum entre os não convertidos. Não dá pra falar com todo mundo como se todo mundo fosse “habitué” da igreja.
Pois bem, existem algumas falhas no comportamento evangélico que deveriam ser corrigidas em um manual de boa etiqueta escrito por uma Glória Kalil gospel, mas vamos ter que esperar um pouco. Enquanto isso aconselho que todos nós compremos aquele utilíssimo remédio chamado “SIMANCOL” em sua versão mais religiosa, para que a gente não pague micos maiores que a estátua de Nabucodonosor.
Um desses aconteceu a pouco quando fui convidado a ir a uma festa muito simpática de dois amigos da igreja.
A festa:
Cheguei no horário previsto e uma vez lá a família do casal que não era toda evangélica (principalmente os donos da casa), havia deixado o aparelho de som numa radio secular tocando músicas antigas, porém agradáveis. Sem problemas...
O inicio da festa corria bem, os irmãos conversando entre si e com os demais, expressando aquela fidalguia que se espera daqueles que tem a marca de Cristo. Mesmo o pai da mocinha, dono da casa, estando embalado pela alegria potencializada de uma desprentensiosa cervejinha, conversava sobre assuntos variados com simpáticos irmãos que o orbitavam.
Eis que surge festa adentro um casal de “xiitas evangélicos”, conhecem? Se não, vou lhes apresentar: Esse tipo ao qual eu e muitos cristãos não se enquadram são aqueles fanáticos por tudo menos por Jesus. São tipos que acham que refrigerante é pecado, que a Globo é do inferno (embora só assistam a ela), que ter diálogo com pessoas de outros credos é uma heresia, que vivem atrás de sinais, de fogo daqui, fogo dali, e embora não admitam, se acreditam os mais justos e santos seres da terra.
Bem, o casal me chega à festa e em menos de cinco minutos lá dentro, a mocinha beata vai até o aparelho de som e na maior “cara de aço” resolve “santificar” o ambiente que categorizou ser "profano" com música evangélica sem nem ao menos pedir licença ao dono da casa. Nada contra músicas de adoração. Amo músicas para adorar a Deus, escrevo, componho, toco ,canto e escuto músicas assim, mas nem por isso acredito que tudo que é “gospel” é santo, tudo que é “gospel” é excelso...não é meu caro, não é não. Tem muito picareta na música evangélica assim como tem na música secular e cabe a cada um de nós termos discernimento pra ouvir o que é bom e não ouvir o que é ruim seja ele gospel ou secular.
A obstinada candidata a madre Tereza evangélica, colocou um CD do pastor Cirilo, aquele que faz chover ouro e outros tipos de metais que fazem ficar confusa qualquer tabela periódica, além de ter o costume de cantar repetidamente a mesma frase 346 vezes pelos interminaveis 12 minutos de música. A falta aguda de educação da moça foi observada até por quem é cristão (e tem equilíbrio), imaginem por quem não é. Pois o que aconteceu foi que em menos de cinco minutos o dono da casa embasado por seus direitos de proprietário do imóvel, que, diga-se de passagem, não foi adquirido na fogueira santa de Israel, foi ao aparelho, e arrancando fora o CD do pastor sem medo de maldições hereditárias ou latifundiárias, tascou uma bela coletânea de canções pantaneiras de Sérgio Reis com direito a volume no “talo”.
E foi assim a noite toda:
No lugar de violão, viola.
No lugar de Shofar, berrante.
BEM FEITO!
Embora a boa educação seja um conceito secular, ela é essencialmente divina.
Naldinho.
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Queria ser um mosquitinho para presenciar essa cena Naldinho! Maravilhoso texto, parabéns. Fora os xiitas!
ResponderExcluiré por situações como estas que os "não cristãos"acham que todos são a mesma coisa,impõem sua vontade e seu jeito de viver e pensar como só assim seria o certo!como diria Gloria Kalil "gospel"rsrsrsr o menos é mais!!!!
ResponderExcluirFala Deussss....rs...acredito que presenciei o fato ocorrido...rsrsrs
ResponderExcluirNaldinho, obrigado pelo relato muito bom, este é um ótimo exemplo de não sermos "xiitas evangélicos" adorei o termo...kkk, faço minhas as palavras do Helder adoraria estar lá para ver, se o Dono da Casa não fizesse isso Eu faria....sem sonbra de dúvida...e ainda por cima cantaria com o dono da Casa as canções.
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