terça-feira, 27 de julho de 2010
Wellington
"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele." (I Tessalonicenses 4 : 14)
Há um ano, na manhã de segunda feira, recebi um telefonema sobre a morte de um amigo, Wellington. Pastor da igreja Capela do Calvário do Recife, ou como os locais a nomearam: Calvário de Cristo.
É claro que todos ficamos tristes com a partida de um amigo, e não me venha com essa conversa fiada de que no caso de Cristãos não devemos ficar tristes. É óbvio que nos tranqüilizamos mais que outras pessoas, pois sabemos que aquele irmão está salvo e já goza do privilégio de poder ver a face de Deus por completo. Mas, é uma idiotice sem tamanho pensar que mesmo assim não ficamos tristes. Ficamos e muito.
A morte é o último aguilhão, o último combate, último inimigo. O Homem não nasceu para morrer. Adão ganhou um mundo perfeito e deveria gozar dele pela eternidade aqui na terra, mas desobedecendo a ordem de seu criador escolheu o caminho da morte: Comeu do fruto proibido, cometeu pecado e permitiu que a morte entrasse na vida de toda a humanidade.
Através de Jesus, venceremos a morte sim, pois Jesus venceu e seguimos a Ele, herdamos a vida eterna Dele e gozaremos dessa vida ao seu lado. Porém, antes, vamos ter que enfrentar esse último combate.
Talvez quando ele se der em nossa carne, nós de fato possamos estar aguardando com ansiedade esse momento, a hora de ver nosso Rei e nosso reino. Mas, os que ficam, nossos parentes e amigos, sempre sentirão dor, sempre compartilharão saudades.
Eu fiquei um pouco mais órfão da alegria quando Wellington partiu. Jovem demais, corajoso demais, irmão demais.
No meio de tanta noticia e atitudes desencorajadoras de muitos Cristãos na mídia e fora dela, Wellington era o refrigério de alguém cheio da presença de Deus. Foi para o nordeste com a cara, a coragem e o amor no coração, para liderar uma igreja e ensinar sobre o amor de Deus ao povo maravilhoso de Recife.
É uma vergonha ver certos lideres querendo ensinar a palavra de Deus com preguiça de estudar. Subindo ao púlpito e lá ficar “dando voltinhas” achando que o povo de Deus é massa de manobra para a escalada ministerial do camarada. Camaradas esses que ficam contando piadinhas sem graça a fim de encher o conteúdo vazio de suas mensagens.
Wellington AMAVA a palavra de Deus, AMAVA muito. Coloria sua bíblia como quem coloria a própria vida de origem sofrida.
Era Pastor por vocação, não por diploma, não por títulos, não por torpe ganância.
Gostava de brincar também, e gostava muito. Não por não ter conteúdo, mas por ser natural dele.
A dor de sua partida me assola o coração, me enche de lágrimas, dias e dias. Cada vez que minha mente se dispõe em saltar uma barreira de dificuldade com o olhar contente, me vem à mente a recordação de Wellington, o professor alegria, o guerreiro de Cristo... Mestre em saltar as dificuldades com leveza, Como alguém que diz:
“Não posso ficar triste se estou indo para o céu”.
Você não amigo, a gente pode...
Naldinho.
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affffff estou chorando até nesse momento !!!!!!
ResponderExcluirpoxa cara que artigo melhavilhoso é pelo menos isso foi um pouco de quem foi weligton de oliveira eu q passei 4 anos de sua vida aqui no recife e so sei q ele estava pra fazer muito + aqui no ministerio, bem é senhor de todas as coisas assim era q o weligton falava pra mim.
ResponderExcluirlindas palavras amigo, expressam realmente um pouco de quem ele foi, de como nos sentimos sem mediocridade e para onde ele foi! =)
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